Confesso-lhe, meu caro Pessoa, que sem estar doido, eu acredito no cubismo. Quero dizer: acredito no cubismo, mas nao nos quadros cubistas ate hoje executados. Mas nao me podem deixar de ser simpaticos aqueles que, num esforço, tentam em vez de reproduzir vaquinhas a pastar e caras de madamas mais ou menos nuas- antes interpretar um sonho, um som, um estado de alma, uma deslocaçao de ar, etc.
(Mario de Sa-Carneiro, Cartas, Vol.I)
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