No Saura
eu, o Bica, o Miguel e o Ramalho
envenenámo-nos com cerveja
e mandámos a santa madre igreja
para o caralho
No Gaby
a cara do Cruz ocupa a praça inteira
e o Almeida careca persegue cabeleiras
e põe-se nu em cima das prateleiras
Alto!
É preciso manter o sentido de Estado,
senhores vereadores e candidatos,
sobretudo não ofender as conveniências
No Pátio a performear
e o anarco-ramiro regista e acumula
o almeida a cavalo no cruz
o almeida e o cruz a chutar cavalo
e os blues que vêm das caxinas
ó almeida,
o ramalho vai-te tirar do poleiro
com versos surreais
e outros que tais
da lavra do ribeiro
com o bica sempre à bica
e passagens por Vilar do Pinheiro
onde o Adário se espetou contra o armário
após atentado à pedrada
dos quatro da vida airada
e do PSSL/ Frente Guevarista Libertária
devidamente averiguado
pela Judiciária
Em Vila do Conde
o Conde da Vila bebe
à esquina do Marquês de Sade
saceia a tua sede
dinamita a sede
barão vermelho
a meio da procissão
a circular contra o mercado
na feira
a apanhar bonés
chimpanzés
de galho em galho
de galo em galo
ramalho
a comer cães.
sábado, 27 de agosto de 2005
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4 comentários:
Bom dia A. Pedro Ribeiro.
Já há uns dias que estava a pensar contactar-te para fazer um pedido.
O teu blog é o meu preferido, pelo menos aqui da Póvoa, porque os outros não tenho tempo para ler.
Gostaria de, sem qualquer comentário, publicar no povoaonline o teu poema "Cadáver Esquisito" de que gosto, eu e os outros, muito.
Depois venho cá ver a tua resposta.
Um abraço!
TV
permissão dada, caro Tony Vieira. Um abraço.
Mas o "Cadáver Esquisito" não é da minha autoria mas de um colectivo surrealista.
"Colectivo Surrealista"
Será utilizado esse termo conjuntamente.
Cumprimentos
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