terça-feira, 16 de agosto de 2005

Ainda Nietzsche

Sacudido, ai! por febres desconhecidas
Tiritando defronte de cortantes frechas de gelo,
Acossado por ti, pensamento!
Inominável! Encoberto! Medonho!
(F. Nietzsche)

Paisagem heróica sem céu, drama gigantesco sem espectadores, silêncio, silêncio sempre mais violentamente imposto ao medonho grito da solidão espiritual: eis a tragédia de Friedrich Nietzsche. (...)
Os pensamentos jorram-lhe como magma, a linguagem brota-lhe com uma violência primitiva por todos os poros do discurso, tem a alma imersa em música. Para onde quer que olhe vêm ao seu encontro os raios luminosos da paz: na rua as pessoas sorriem-lhe, cada carta que recebe é uma embaixada de conteúdos divinos.
(Stefan Zweig, "O Combate com o Demónio")

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