sexta-feira, 10 de junho de 2005

Ramalho

Há poetas e poetas. Há poetas de sucesso e há poetas que vivem como poetas, de bar em bar, de café em café, de rua em rua. Armando Ramalho é um desses poetas. Autor do livro "Dói Ver Ser Essa Palavra" e de inúmeras compilações poéticas, Ramalho é uma figura de Vila do Conde. "Porque Pessoa Opioniou" é uma das suas últimas criações:

Pessoa Ó!Pente fabrico
Pessoa orgão opiania
Papoula Pessoa ourives nádega navegou
Papoula cega cabra borboleta pirilampo
Leite de rochas
Finlândia Herz
Nova neva pergunto- porquê Portugal?
Vida e tempo.
Opiáceo- anterior cantiga! Tejo- que ao firmamento
Tejo que ao filho das àguas
Tejo que areal de início junkie
Rio Tejo a margem estrela de Banguecoque
Imigrantes clandestinos em barcos piratas
Ópio de gelo- gelo cristal quebrado
Elevador dos sapatinhos da Glória
Neve e opinião comum pública privada judicial
Neve de brancura doirada e cinzenta de ódio
Ódio do meu transtejo veleiro de uma ruína ode
Ode aos opiácios cocain eros caos
Mater window stupid cocain business
Noir seule blanche cocain Durruti bar violão
Porque neve de brancura , frio da noite. Loba oriunda
Raiva visão centimétrica Pessoa opioniou coca Postiga.

2 comentários:

GoG disse...

agradeço o teu mail, mas eu próprio já fiz uma homenagem ao Ramalho e não só... segue os links:
http://viladoconde-quasidiario.blogspot.com/2004_01_01_viladoconde-quasidiario_archive.html#107424969603960615

http://viladoconde-quasidiario.blogspot.com/2004_01_01_viladoconde-quasidiario_archive.html#107426830935850060

A. Pedro Ribeiro disse...

Visto, Six. Obrigado. Viva o Ramalho!