terça-feira, 24 de maio de 2005

Stefan Zweig

Nós vivemos miríades de segundos e, no entanto, não há nunca mais do que um, um só, que põe em ebulição todo o nosso mundo interior; o segundo em que (Stendhal descreveu-o) a flor interna, já impregnada de todos os seus sucos, realiza, como que num relâmpago, a sua cristalização- segundo mágico, semelhante a esse da procriação e, como ele, oculto no âmago do próprio corpo: invisível, intangível, imperceptível- mistério que se vive uma só vez.
Stefan Zweig, "Confusão de Sentimentos".

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