DISPONÍVEIS
António Pedro Ribeiro
Na Póvoa ficámos famosos por sermos acusados de deitar abaixo a estátua do Major Mota. Mantemos as razões do nosso protesto: a estátua do major corresponde ao branquear de figuras da ditadura e um insulto a todos aqueles que lutaram pelo 25 de Abril. Em Braga ficámos famosos de ocupar um hipermercado em 1990. Em suma, somos celebridades mediáticas pois, para lá do exposto, publicámos o livro "Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro" e participamos na maratona das 54 horas da poesia non-stop no Cais Art's. Já fomos candidatos à Presidência da República e às Juntas da Póvoa e de Vila do Conde. Se calhar, nós é que mericíamos a estátua mas como somos discretos e modestos não pedimos tal. Sim, passamos a vida a ler mas produzimos obra. Estamos disponíveis para as autárquicas. Obrigado à "Voz da Póvoa" pelo tempo de antena e parabéns pelos 70 anos.
terça-feira, 29 de abril de 2008
FELIZ
Brasileira-2
BRASILEIRA
sexta-feira, 25 de abril de 2008
terça-feira, 22 de abril de 2008
3 ANOS DE TRIP
Este blog faz hoje 3 anos.
Começámos assim:
Antes não haja Deus, antes forjar o destino a nosso gosto, antes ser louco, antes sermos nós próprios Deus!"
(Niezsche, "Assim Falava Zaratustra")
Começámos assim:
Antes não haja Deus, antes forjar o destino a nosso gosto, antes ser louco, antes sermos nós próprios Deus!"
(Niezsche, "Assim Falava Zaratustra")
segunda-feira, 21 de abril de 2008
quarta-feira, 16 de abril de 2008
A LOUCURA

Estou lento
os raciocínios são lentos
não consigo encontrar a saída!
Venha a loucura
ao menos a loucura
e as mulheres falam
não páram de falar
A veia que rebente
que venha a loucura
pelo menos escrevo
escrevo lentamente
mas escrevo
para quê? Para quem?
O que vai ser de mim?
Ah! Que venha a loucura!
Ao menos a loucura
a loucura que me cura
E as mulheres não páram de falar
a culpa é do Governo!
O primeiro-ministro que vá apanhar no cu!
A culpa é do sistema
que nos transforma em mercadorias
a culpa é do capitalismo
que nos suga o sangue
e nos tira a vida
antes enlouquecer
do que me submeter
loucura, dá-me a tua cura!
a
terça-feira, 15 de abril de 2008
domingo, 13 de abril de 2008
Passar os dias deprimido
ir ao café
e restringir as conversas com os empregados
ao minimamente indispensável
sem nunca deixar de ser amável
ser constantemente invadido
pelas ideias de morte, suicídio
sentir medo das pessoas
andar cabisbaixo, derrotado
a angústia
o sofrimento
a paralisia
uma melancolia insolúvel
Recordar a infância
os dias felizes em que brincava
com os meus irmãos
os dias enormes, brilhantes
os jogos
como tudo isso parece distante...
ir ao café
e restringir as conversas com os empregados
ao minimamente indispensável
sem nunca deixar de ser amável
ser constantemente invadido
pelas ideias de morte, suicídio
sentir medo das pessoas
andar cabisbaixo, derrotado
a angústia
o sofrimento
a paralisia
uma melancolia insolúvel
Recordar a infância
os dias felizes em que brincava
com os meus irmãos
os dias enormes, brilhantes
os jogos
como tudo isso parece distante...
sábado, 12 de abril de 2008
UM CROFT EM LISBOA

UM CROFT EM LISBOA
Ao Changuito
um croft em Lisboa
voa voa
chuva chuva molha molha
até à hora de partir
um croft em Lisboa
dá-lhe dá~lha até partir
sempre o hino sempre o hino
a fazer o pino
nos colhões do Camões
que até nem tem culpa
do que faz dar o cu pela Pátria
ou a Pátria pelo cu
sei que vou subir
não tarda nada
a arder na garganta
na alma em transe
dança dança
até partir
como em 95 em Braga
cara feia
desfeita na tv
sou o que sou
sou o que me dão
o que me resta
não há cura
nem redenção
sou o homem que despeja
a cerveja
e se refaz
noite feita
mulher feita
minha irmã
Maldoror,
meu amor,
Satã na cortesã.
A. Pedro Ribeiro, Lisboa, 24.Out.2006, antes da "Barraca".
Subscrever:
Mensagens (Atom)