domingo, 30 de março de 2008

PORCO CAPITALISTA


A luz
o grande momento
o momento eterno
que esmaga a bolsa
que caga no mercado
que fode o trabalho

A luz
o grande momento
o momento eterno
não a sucessão de instantes
não a rotina
não a troca que emporcalha
recuso o sacrifício
não sou uma mercadoria
nem escravo da economia

Primeiro-ministro,
mete o teu défice pelo cu acima!
Escarro nas tuas estatísticas
metes-me nojo,
porco capitalista
porco capitalista
porco capitalista
porco capitalista
porco capitalista

quinta-feira, 27 de março de 2008

MANA CALÓRICA


A banda Mana Calórica dá um concerto no próximo sábado, dia 29, pelas 18,00 horas na Casa Viva (ao Marquês) no Porto.
www.myspace.com/manacalorica

domingo, 23 de março de 2008

O GÉNIO POÉTICO


Pedro! A Marta morreu!
Pedro, Sabes quem eu sou
sou o demónio que te atormenta
desde 90
quando pensaste que ocupaste o Feira Nova
e ocupaste mesmo
foi a grande acção da tua vida

pEDRO, a Marta morreu!
Pedro, sabes quem eu sou
sou o demónio que te atormenta
desde os anos 90
o demónio que te domina
sempre que vês Jesus na cruz
Oye, eres un tio muy bueno
ouve, pensas que tudo dominas
pero no eres mas que un tio
que bebe unas copas
Deus, eu sei que estás algures
Deus, eu sei que te preocupas
e se estiveres na direcção do Senhor de Matosinhos
muda aqui em qualquer direcção
Sentido direcção Póvoa de Varzim
Eis o Génio Poético
nada mais: o Génio Poético

MAMAS 3


As mamas da vizinha
quase cairam em cima de mim.

Abre-te, cérebro!
Corações ao alto!
Mão de António
na morte de António
Pedro a voar nos sonhos da Goreti
Ouro e prata no meio do deserto
O Jaime disse para nunca te humilhares
Jesus na cruz
chama o empregado
Choro de António
na morte de António
a cama a rolar por Vilar do Pinheiro
quem chamou os mortos ao meu túmulo?
Quem chamou os mortos para dançar?
QUem te manda estar com medo de tudo?
António disse que podias falar
do alto da burra
Adolfo disse que eras uma estrela
António disse que estás curado

Em Braga bebeste o vinho
em Braga viste DEus
em Braga percorreste as montanhas
em Braga foste atacado por mil demónios
em Braga renasceste
porque te esqueceste do comprimido
em BraGA CHOVE
e o próximo sono é a minha morte
no sofá da sala
viagem ao fundo de mim mesmo
Para além do bem e do mal
não se está nada mal.

quarta-feira, 19 de março de 2008

SÍNTESE


Síntese no alto do suicídio
No alto do alambique
Eu e o Henrique a cair a pique
A gaja queria-nos matar

A cabeça abriu
Estamos curados
Vamos festejar para a rua
Onde dançam os magos

Vamos partir tudo
Apedrejar carros
O Henrique discorda
Quer paz e amor
Talvez seja melhor
Dançar até ao fim.

terça-feira, 18 de março de 2008

LAGOS, 3 DEZ. 2003


Ontem emborquei 13 cervejas com a Daniela. EStou vidrado nela mas, infelizmente, o amor é impossível. É uma boa companhia.
Sinto-me à João César Monteiro. Livre. Infelizmente, tenho de controlar o cacau. E depois ainda tenho de vir à escola. Apesar de ser bem aceite e dos meus "sketches" terem sido aprovados tenho de manter a sobriedade. Estou quase a sair da escola mas hoje vou ter de andar controladinho e a águas, uma vez que só recebo amanhã.

A BOA NOVA


Não vim ao mundo para trabalhar. Vim ao mundo para espalhar a Boa Nova. Não de Deus nem de Jesus mas do Homem, do Super-homem. Dionisíaco, xamãnico. Sem preconceitos, sem dinheiro. Criador.

Vim para falar do homem que não é lucro, que não é mercador. O novo homem, não-violento, não-predador. O homem novo. O Amor.

Vim para dizer que a sociedade mercantil não é o fim da História. Que uma nova sociedade nascerá dos escombros do capitalismo. Uma nova sociedade baseada no amor e na criação, que exalte a vida, onde o dinheiro, o lucro, o ódio e o tédio serão abolidos.

A LEITURA


A leitura enriquece-me
a leitura é o último reduto
a leitura é a vida espiritual
ler é amizade
ler é prazer

Abre-te, cérebro!

segunda-feira, 17 de março de 2008

DEUS

Sou um deus
já mo disseram
sou um deus
para variar ando com cacau
sou um deus
escrevo versos
e ponho o universo
em farrapos
sou um deus
há quanto tempo não danço?
Sou um deus
o mundo é meu
e bebo dessa taça.

domingo, 16 de março de 2008

O NEGÓCIO


O NEGÓCIO

António Pedro Ribeiro

Está tudo convertido num negócio. Tudo se compra, tudo se vende: o ouro, o euro, o petróleo, o corpo, o trabalho. E se não podes comprar nem vender cais na miséria. Vivemos numa sociedade desumana, gerida por multinacionais e por democracias burguesas que estão ao serviço das multinacionais.
Sócrates e companhia querem rendibilizar o ensino, reduzir tudo a números, a mercadorias, a objectos de compra e venda. Estão a ter uma resposta que não esperavam por parte dos professores. Mas, apesar de algumas resistências, tudo é manipulado, a começar pelos media, que só transmitem as notícias que interessam. “Depois de ter esventrado as religiões e as ideologias, o valor de troca levado ao extremo recuperou os seus despojos a partir do início do terceiro milénio, passando a reinar só e soberanamente. Reduzido ao estado de carcaça pelo vírus do comércio livre, o Todo-Poderoso engendrou, nas suas entranhas apodrecidas, a divina instituição do dinheiro em si. Do ventre dos Deuses mortos surgiu o Moloch que os mata e ressuscita sob as espécies da transacção financeira.”, escreve Raoul Vaneigen. É o Deus-dinheiro. O sacrossanto mercado onde tudo se compra e vende.

Bebo como tu, Jaime,
Só não tenho os teus dotes comunicativos e sociáveis
E isto é Vila do Conde
Não é Braga
Bebo como tu, Jaime,
Mas estou fraco
A doença dá cabo de mim
Fujo das pessoas e das conversas
Não consigo ficar bêbado
É melhor não ficar
Se ficasse fazia merda
Vou acabar como tu, Jaime,
Não fui feito para trabalhar
Nem para a democracia burguesa
A verdade é esta:
Esta vida não presta
O álcool ajuda a esquecer
Apenas isso
Meu caro Jaime
Brindo à tua saúde
A doença
Dá cabo de mim
Esta vida não presta
Antes beber…

sexta-feira, 14 de março de 2008

Estás ao balcão
e eu leio Sade.

Estás quase de cu ao léu
e eu leio Proudhon.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Poeta exibicionista?
E porque não?