terça-feira, 7 de novembro de 2017

DOS LIVROS E DA LEITURA

Nada substitui a leitura. A leitura de livros, sobretudo aqueles que nos empolgam, enriquece-nos imenso, agiliza-nos o raciocínio, torna-nos mais leves, liberta-nos. A leitura exige concentração e não nos aprisiona ao ecrã, não nos aliena como a televisão. Podemos parar, abrandar ou avançar o ritmo, é todo um mundo que se abre. Pobres daqueles que não lêem.

domingo, 5 de novembro de 2017

POETA INCENDIÁRIO

Poeta incendiário, é o que já me chamam. De facto, tanto no palco, como na escrita, tenho provocado ao máximo. Não sou, nunca fui, um versejador da corte. Canto. Grito. Recito. Escrevo com o meu próprio sangue. E isso incomoda os próprios budistas, os pacifistas, como a Flor. Não trouxe a paz, mas a espada. Poeta negro, vim combater os moedeiros e atormentar as vacas que pastam. Não, não me peçam rezas, orações, meditações. Eu celebro com vinho. Eu bebo do cálice. "Meditativos", não julgueis que eu não olho para dentro. Eu assisto à luta dos meus demónios com os meus fantasmas, eu vejo os meus anjos e serafins. Não atiro é o peso do mundo contra mim próprio. Não fui eu que criei o capitalismo. É a sociedade mercantil que devo combater, não eu próprio. Eu já me curei e já compreendi o homem.

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

MORTE AOS POLÍCIAS!

Quero a noite. Não quero horas. Quero ir de bar em bar, de tasca em tasca. Como tu Jim, como tu Bukowski, como tu Dionisos. A vida é para ser plenamente vivida. Não pastada, não agrilhoada. Não quero morrer!, como declarei no "Ébrio 29", aos 20 anos, em Braga. Quero agarrar a Vida. Quero o experimento permanente. O grande banquete. Vivo, espalho as palavras. O sangue. O esperma. Todo eu sou foguetão, locomotiva. Perfuro a mente e a menina. Nascem sóis, luas. Sou Rimbaud, Baudelaire. Cocas mil. Morte aos padres!| Morte aos polícias! O divino marquês passeia-se na confeitaria.