domingo, 14 de janeiro de 2018

A REVOLUÇÃO E O APOCALIPSE

No café da Vera ouço a Vera e ouço os operários. Agora compreendo melhor os operários mas entendo que a classe operária é uma classe em decadência, já nada tem de revolucionário, como dizia Marcuse. Apenas luta por reivindicações salariais e sectoriais. Não se quer educar como no tempo de Marx, como no tempo de Lenine, como nos anos 60. Só podemos contar com alguns. De resto, os grandes revolucionários continuam a sair da burguesia e da pequena burguesia instruída. De resto, anda tudo enfeitiçado pelo deus-dinheiro e pela ilusão dos euromilhões. Claro que, por outro lado, não vale a pena um homem andar-se a matar. As loucuras do Trump, do Putin, do palhaço da Coreia do Norte, dos terroristas de Alá, da extrema-direita, as alterações climáticas, o Big Brother dos media, a loucura tecnológica, a corrida desenfreada pelo lugar, pelo emprego, pela carreira, a luta pela vida, tudo isso, mais tarde ou mais cedo, levará necessariamente ao caos, à revolução. Não tenho dúvidas. A revolução e o apocalipse estão próximos.

Sem comentários: