domingo, 26 de abril de 2015

A REVOLUÇÃO PERMANENTE

Segundo Herbert Marcuse, a tecnologia tornou-se um inaudito instrumento de coerção. Os média e os computadores que controlam os nossos pagamentos e movimentos na Internet constituem o moderno "Big Brother", a nova polícia. A sociedade brutalizou-se, desumanizou-se. Na TV assistimos a programas imbecis que nos fazem a cabeça e nos afectam a inteligência. Aparentemente nada é imposto. Mas acabamos por ser levados. Meus amigos, é uma questão de vida ou de morte. A nossa sociedade nega um mundo verdadeiramente novo e, portanto, o indivíduo deve travar uma oposição total contra o sistema, não em nome de uma classe, mas em nome do género humano ameaçado de destruição, como diz Rudi Dutchke. Quanto mais as "democracias" se tornam manipuladas, quanto mais se transformam em democracias controladas e tendentes a limitar os direitos democráticos, as liberdades e as possibilidades dos cidadãos, tanto mais se torna necessário acompanhar o nosso trabalho com uma oposição extraparlamentar, acrescenta Marcuse. Não somos, portanto, contra a participação nas eleições burguesas nem contra a entrada no Parlamento a fim de divulgar as nossas ideias. No entanto, pensamos que há um trabalho extraparlamentar a fazer junto dos estudantes, dos intelectuais, dos operários, da pequena burguesia. Um trabalho de revolução permanente.

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